Projeto

O aumento da complexidade das operações logísticas ocorrido nas últimas décadas, torna as cadeias de distribuição de alimentos, produtos farmacêuticos, entre outros, sob refrigeração mais susceptíveis a falhas, com pontos de oscilações e/ou ruptura do controle dos diferentes fatores ambientais (temperatura, umidade e ocasionalmente luminosidade), agindo diretamente sob a qualidade do produto.

Segundo Novaes (2001), a logística de distribuição física inclui estágios que vão desde a saída de um produto do ambiente fabril até sua entrega final ao consumidor, pelo menor custo possível. No entanto, admite-se que a armazenagem e o transporte são processos nos quais ocorre a maior parte das perdas, em função da concentração de atividades e dos desafios de controle do ambiente (HEAP et al. 1998). Porém, na cadeia do frio, o controle da temperatura e umidade são os fatores determinantes da qualidade e da validade de produtos (ESTRADA-FLORESe EDDY, 2006; JAMESet.al.2006; PEREIRAet.al., 2010). Assim, visando à preservação da qualidade da mercadoria e a manutenção dos fatores ambientais durante o processo de transporte. Entre as alternativas indicadas para melhorar a gestão de operações logísticas, destacam-se as soluções baseadas em modelagens matemáticas de otimização dinâmica ou tecnologia na qual se aplica o conceito de Internet of Things (IoT) (EVANS, 2008, NOLETTO, 2018).

Nesse contexto, buscou-se desenvolver uma metodologia para roteirização dinâmica de veículo que combine o problema da variação da temperatura no transporte de alimento refrigerado e congelado a aspectos logísticos (CARVALHO, 2013), com a finalidade de melhorar o cenário atual de perdas e danos deste tipo de mercadoria. Mas é importante a aplicação de novas tecnologias como o emprego de embalagens inteligentes, desenvolvidas para serem agentes atuantes nos processos decisórios que ocorrem ao longo de sua distribuição (NOLETTO, 2018). O controle autônomo de objetos no ambiente logístico torna-se possível pelo desenvolvimento de um sistema Internet das Coisas (Hibernik et al. 2010). O controle autônomo são processos de decisão descentralizados, baseado em um conceito de hierarquia, no qual os elementos presentes têm a capacidade e possibilidade de tomar decisões para melhoria o processo ao longo da cadeia. Assim, as embalagens inteligentes são aquelas que possuem dispositivos que permitem o monitoramento e a identificação dos pontos críticos de controle através da obtenção de informações detalhadas sobre o produto ou o ambiente de exposição ao longo da cadeia de suprimentos. Estas embalagens, melhoram a gestão das operações logísticas, apresentando uns sistemas de comunicação remoto e capacidade de tomada de decisão proporcionam um monitoramento e uma gestão da carga em tempo real.